sábado, 27 de dezembro de 2008

TDT: Portugueses não estão informados

A cerca de quatro meses do previsto arranque oficial da televisão digital terrestre em Portugal, o mais recente estudo de opinião traça um quadro negro sobre a TDT. O desconhecimento ainda demonstrado pelos portugueses é a principal conclusão.

Do estudo da autoria do Obercom, reproduzo aqui um gráfico:

Da leitura dos dados constatamos que a maioria dos inquiridos não sabe ou não responde a muitas das questões, e são os próprios a reconhecer que estão mal informados.

Outra conclusão que deverá merecer especial atenção dos responsáveis é a de que a esmagadora maioria do público (82,5%) acha que não deveria ser o consumidor a pagar o equipamento (set-top box, receptor ou adaptador) necessário á conversão. O factor preço é tão mais importante pois sabemos que o nível de vida dos portugueses é dos mais baixos da União Europeia.

Os resultados deste inquérito não surpreendem, eram até previsíveis, pois apesar do vencedor do concurso ao Mux A (canais gratuitos), ser há muito conhecido (PTelecom), não houve ainda qualquer campanha de informação, quer da parte da PTelecom, quer do Estado. Apenas alguns artigos publicados em jornais, quase sempre reproduzindo comunicados de entidades, sem qualquer espírito crítico. As televisões fogem a sete pés do assunto TDT! Parece que nem querem ouvir falar dela! Recorde-se que nem o “alerta” da Anacom de 27 Novembro divulgaram. E não foi por distracção, pois alertei-as todas; RTP, SIC e TVI.

Espera-se que o ano de 2009 seja finalmente o ano da TDT em Portugal. Estamos no inicio de uma nova etapa para a televisão em Portugal. As incógnitas ainda são muitas e será necessária a colaboração de todos os intervenientes para vencer esta batalha que está longe estar ganha. A adopção da TDT pelos portugueses terá de ser ganha e não imposta. A história ensina que quem governa contra os interesses da população acaba sempre derrotado.

Links:
OberCom - Perspectivas de Implementação da Televisão Digital em Portugal

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

TDT paga sofre novo atraso (act.)

O Tribunal Administrativo de Lisboa recusou a invocação de interesse público do concurso de TDT, que tinha sido alegado pela Anacom com o apoio do Governo, para evitar que o processo da TDT paga ficasse parado na sequência de uma providência cautelar interposta pela Airplus.

A consequência imediata desta decisão é a suspensão do concurso até que o tribunal decida a providência cautelar ou a acção principal interposta pela Airplus. Até lá, não poderá ser atribuída à PTelecom a licença dos ‘muxes’ B a F e só o será caso o tribunal decida contra a providência cautelar da Airplus. E mesmo após a decisão do tribunal, tanto a AirPlus como a Anacom têm ainda direito a apresentar recurso. Esta batalha judicial poderá pois arrastar-se por largos meses pondo em causa a data de arranque dos canais pagos.

A AirPlus, recorde-se foi a única empresa que concorreu contra a PTelecom ao concurso dos canais a pagar, não tendo concorrido aos canais livres (Mux A). A Sonaecom desistiu do concurso alegando que o mesmo estaria feito “à medida” da PTelecom. A Media Capital, proprietária da TVI, também desistiu, aliando-se á última hora com a PTelecom, vendendo-lhe a sua rede de emissão (RETI), o que permitiu à PTelecom assegurar o monopólio da distribuição de sinal.

As razões da AirPlus
Para além das alegadas irregularidades formais que levaram à demissão do presidente do júri, e a uma segunda avaliação, a AirPlus apresentou ainda as seguintes queixas:

- Ausência da divulgação de alguns dos critérios de pontuação, antes da entrega das propostas, e violação do caderno de encargos;

- Sempre que houve dúvidas em algum ponto da sua proposta por parte do júri, a empresa foi penalizada, ao passo que, quando a mesma situação ocorreu com a PT, «foram solicitadas informações adicionais»;

- A análise (da sua proposta) evidencia erros técnicos e enviezamentos grosseiros que fazem com que a Airplus, apesar de ganhar em quatro critérios, de sete, saia perdedora. Um dos exemplos, dos alegados erros técnicos, é a análise dos modelos de cobertura radioeléctrica. A Airplus foi pontuada com -40 contra 100 da PTC. O ‘software’ utilizado foi o mesmo da PT.

Na pré-decisão do júri, a AirPlus ficou à frente nos tópicos «a2», sobre soluções tecnologicamente inovadoras, «a3», que se referia à qualidade do plano técnico, o «b1», sobre a qualificação da oferta televisiva, e o «b3», que se refere à difusão de obras em língua portuguesa.

No entanto, ficou atrás da PT no ponto «a1», sobre a rápida massificação e promoção de concorrência. A AirPlus esperava (ou espera) investir na promoção da TDT 154 milhões de euros (face aos 13,5 (?) milhões da PT); no ponto «a4», que ressalva o impacto do projecto na actividade económica do País, reclamando que conseguiria colocar os equipamentos de recepção da TDT «a um custo praticamente nulo»; e no ponto «b2», o que analisa a contribuição para a produção de conteúdos europeus. Algo incompreendido pela AirPlus que refere que o seu projecto assenta em 16 canais face a três da PT Comunicações.

(Nota: informação baseada em declarações da AirPlus à comunicação social)

Embora esta “guerra” diga respeito aos canais pagos (Mux B a F), se o assunto se arrastar pelos tribunais, poderá acabar por afectar também a TDT gratuita. É que não havendo TDT paga, o interesse na TDT será menor (a TDT gratuita terá apenas 5 canais). Isto poderá tornar o preço dos adaptadores ainda mais alto, porque sem decisão à vista a PTelecom certamente não irá arriscar a encomenda de grandes quantidades e, como se sabe, o preço destes equipamentos depende em grande medida das quantidades encomendadas.

A seguir com atenção em 2009!

Fontes/Links:
DE - Airplus nunca aceitou decisão do júri
Agência Financeira - AirPlus diz que júri da TDT cometeu «erros técnicos grosseiros»
DN - PT admitida a concursos e Air Plus TV condicionada
DE - Sonaecom diz que concurso da TDT foi criado apenas para beneficiar a PT

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

PTelecom autorizada a emitir a TDT a nível nacional

A Anacom emitiu com data de 9 de Dezembro, o título de atribuição do direito de utilização de frequências para a prestação do serviço de Televisão Digital Terrestre, a que está associado o multiplexer A (canais de acesso livre). A PT Comunicações pode assim iniciar a emissão do Mux A a nível nacional.

Os parâmetros da emissão serão os seguintes:


A capacidade a reservar para a emissão dos programas sofreu uma redução, de 11 Mbits/s para 9,6 Mbits/s para os programas em definição standard e um aumento de 3,8 Mbits/s para 5,3 Mbits/s para a emissão em alta definição. Estes são os valores mínimos passíveis de reforço quando a capacidade reservada para determinadas funcionalidades não estiver a ser utilizada. O bitrate utilizado actualmente nos canais SD (2.9-3.0 Mbits/s) deverá baixar para 1.8-1.9 Mbits/s quando arrancar o 5º Canal.

Irão ser emitidos 5 canais em definição standard (RTP1, RTP2, SIC, TVI e 5º Canal) e um canal em alta definição com elementos de programação dos 5 canais (em simultâneo com um dos canais em definição standard).

Recorde-se que, segundo a PTelecom, a cobertura de Lisboa deverá estar concluída até ao final de 2008, devendo depois avançar em Janeiro/Fevereiro para o resto do país (zona do Litoral) afim de assegurar o arranque oficial em Abril de 2009. O direito de utilização de frequências agora atribuído prevê o compromisso de iniciar a exploração dos serviços até 31 de Agosto de 2009.

Actualização 10/12/2008 13:00
Segundo noticia publicada no portal Sapo (empresa do grupo PT):
«A PT planeia um investimento de 120 milhões de euros para a TDT. Em termos de canais, a oferta de acesso gratuito é composta por cinco canais no continente e 6 nas regiões autónomas. No que se refere aos serviços a empresa promete canais temáticos, Guia Tv, áudio-descrição e legendagem, video-on-demand, etc. Do investimento previsto pela PT, 15 milhões servirão para subsidiar equipamentos e tornar mais fácil o acesso de pensionistas com baixos rendimentos, famílias beneficiárias do rendimento social de inserção ou instituições de carácter social à TDT. Os preços dos serviços e das boxes não foram revelados pela PT, que sublinhou a importãncia das condições do mercado na altura de lançamento do serviço para definir este factor.»

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Televisores compatíveis com a TDT portuguesa

Depois da Anacom ter finalmente divulgado em 27-11 passado as características técnicas necessárias dos aparelhos (televisores e receptores) para receber a TDT portuguesa, os fabricantes começam também agora a informar os consumidores. É o caso da Sony, o fabricante líder em televisores, que também já disponibiliza no seu site alguma informação sobre a TDT portuguesa e os (seus) modelos de televisores já compatíveis.

Isto demostra bem a necessidade e urgência da oficialização e divulgação das normas técnicas a utilizar na TDT, insistentemente pedida, aqui neste Blog. Se a Anacom (ou outra entidade oficial) tivesse divulgado à mais tempo essa informação (do seu conhecimento desde Fevereiro), mais fabricantes estariam já em condições de oferecer mais modelos de televisores compatíveis com a nossa TDT. Mas, possivelmente, este "atraso" foi conveniente para alguém.

Segundo o fabricante os aparelhos identificados com os logótipos HD TV e HD TV 1080p contém sintonizador MPEG-4 AVC e são portanto compatíveis com a TDT portuguesa.

Todas as iniciativas que permitam o esclarecimento dos consumidores, como é o caso, são de aplaudir. No entanto muito há ainda por fazer para esclarecer o público. Deveria já estar em marcha uma campanha televisiva sobre a TDT. E apesar de se aproximar a data do lançamento oficial (Abril/2009) ainda não é sequer conhecido o logotipo oficial que permitirá identificar facilmente os equipamentos compatíveis.


quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

PTelecom não irá subsidiar adaptadores para a TDT

Segundo noticia publicada no portal Sapo (pertencente ao grupo PTelecom), sob o título "A sua TV é compatível com a TDT?", também a Portugal Telecom não irá subsidiar a aquisição dos adaptadores necessários à recepção da TDT Portuguesa.

Recorde-se que também o Governo parece já ter afastado essa possibilidade, pelo menos para o próximo ano, porque não há verbas atribuidas para o efeito na proposta do orçamento de Estado para 2009.

Citação:

A Portugal Telecom, que ganhou a licença de TDT, já confirmou porém que não tenciona subsidiar estes aparelhos, pelo que terão de ser os utilizadores a pagar - a pronto ou em mensalidades - as set-top-boxes, num modelo de comercialização e preços que ainda não estão definidos.

Estranha, esta posição, pois aquando da apresentação da sua candidatura a Portugal Telecom referia, em Abril e passo a citar:

A candidatura assenta, ainda, uma oferta de conteúdos alargada e de qualidade (cinco canais de sinal aberto e no Pay-TV até 49 canais – três em alta definição, três canais em português e espaço reservado para dois canais regionais), e a massificação da TDT (criação de um Fórum para promoção da TDT e política de subsidiação de equipamento).

O que aconteceu à politica de subsidiação de equipamento? Não haverá subsidio, nem para as famílias mais carenciadas?

A confirmar-se esta notícia acho que estamos perante um verdadeiro escândalo e os concursos para a TDT terão sido pouco mais do que um embuste!

Actualização 10/12/2008:
De acordo com o artigo 12, nº 1, alínea f do direito de utilização de frequências do Mux A emitido pela Anacom em 9/12/2008, a PTelecom estará obrigada, a:

«Subsidiar a aquisição de equipamentos de recepção, nos termos da proposta apresentada, designadamente por parte de cidadãos com necessidades especiais, grupos populacionais mais desfavorecidos e instituições de comprovada valia social, até à cessação das emissões televisivas analógicas terrestres.»

Portanto, pelo menos parte da população deverá ser contemplada com a subsidiação do equipamento de recepção e a notícia do Sapo parece ser (pelo menos em parte) desmentida pelo documento da Anacom.

Actualização 10/12/2008 14:25
A PTelecom vem agora por intermédio do portal Sapo informar que irá investir 15 milhões de euros na subsidiação de equipamentos.

Links:
Portal Sapo: A sua TV é compatível com a TDT?
Apresentação da proposta da PTelecom para a TDT

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

TDT Portuguesa em MPEG-4: Prós e Contras

Com o esclarecimento publicado pela Anacom, em 27/11, foi confirmado publicamente o sistema de compressão do sinal a utilizar pela futura TDT portuguesa. Trata-se do MPEG-4/H.264.

Em termos simples, a compressão MPEG-4, sendo mais eficiente (comprime mais o sinal), permite difundir mais canais no mesmo espectro (espaço) radioeléctrico (Mux) em comparação com o MPEG-2. Ou seja, utilizando o MPEG-4 é possível difundir mais programas com a mesma qualidade num Mux comparativamente ao MPEG-2. O espectro radioeléctrico (frequências) é um bem escasso e a sua utilização é paga. Ao utilizar o MPEG-4 o negócio da TDT fica economicamente mais atractivo para o operador da rede (PTelecom), porque pode transmitir mais canais, criando uma oferta comercialmente mais atractiva e porque o custo da emissão dos seus próprios canais (versão do MEO) é mais baixo. O principal interessado na adopção do MPEG-4 é portanto o operador da rede e os operadores de televisão que a vão utilizar.

Se fosse permitida a difusão dos canais livres em MPEG-2 (sendo os canais a pagar emitidos em MPEG-4), grande parte do público comprava equipamento apenas compatível com o MPEG-2 (vulgarizado e relativamente barato), o que se tornaria num obstáculo a uma possível futura adesão aos canais a pagar, devido à necessidade de comprar novo equipamento. Assim para ver a TDT o público é obrigado a comprar um equipamento mais caro, já compatível com os canais a pagar (em MPEG-4). Mais uma vez os interesses do operador são colocados à frente dos interesses dos espectadores.

Porque os equipamentos MPEG-4 ainda são muito caros, os operadores das redes de TDT estão em posição privilegiada de os poderem comprar a preço mais acessível, principalmente porque compram em grandes quantidades. Este facto torna-se num importante incentivo à adesão do público aos canais a pagar, porque se o preço do equipamento é alto, havendo um contrato de fidelização, o operador poderá vender o receptor a um preço mais baixo ou aluga-lo. Isto já sucede com o serviço MEO. O receptor MEO (sem gravador), suporta o MPEG-4/H.264 e custa 79€. Este valor está bem abaixo do preço de mercado (livre de operador). No entanto o preço de 79€ é válido só para quem assina um pacote de canais (fidelização). E é bem provável que com a TDT irá suceder algo de semelhante, o receptor será substancialmente mais barato, mas apenas para quem aderir aos canais a pagar! E o preço do receptor também deverá ser muito próximo do receptor já utilizado pelo serviço MEO satélite, porque o equipamento em termos de características é muito semelhante, um tem um sintonizador satélite, o da TDT terá um sintonizador terrestre. E também porque não faria muito sentido oferecer dois serviços equivalentes a preços muito díspares. Duvido que a PTelecom tenha apresentado valores muito diferentes destes na sua proposta aos concursos da TDT. Aguarda-se com expectativa o comunicado da PTelecom até ao final do ano, onde se espera que esta e outras questões sejam esclarecidas.

Também o uso do MPEG-4 torna muito mais difícil, no curto e médio prazo, o uso de equipamentos TDT portáteis “concorrentes” com os actuais e futuros serviços a pagar de televisão móvel (via telemóvel), a disponibilizar após o apagão analógico. Actualmente há grande oferta de televisores TDT MPEG-2 portáteis, mas nenhum MPEG-4. O MPEG-4 necessita de muito maior capacidade de processamento para fazer a descompressão do sinal em relação ao MPEG-2. Já é difícil conseguir uma autonomia de bateria de 2,5 horas com o MPEG-2, com o MPEG-4 ainda mais.

É verdade que só a utilização da compressão MPEG-4 permite a difusão dos quatro canais nacionais mais o quinto canal em alta definição(*)num único Mux. Mas, embora a disponibilização de um canal em alta definição na oferta de canais livres (Mux A) seja um incentivo à adesão à TDT, este incentivo acaba por ser neutralizado pelo alto preço associado à tecnologia utilizada (MPEG-4) e que é pago por todos os espectadores. Maior incentivo seria tornar obrigatória a emissão em formato panorâmico (16:9) de pelo menos os canais de acesso livre. Não se compreende que se esteja a adoptar o sistema de compressão mais recente (e caro) e no entanto se esteja a perpetuar o uso do formato 4:3, ultrapassado, numa nova plataforma de distribuição.

Uma melhor opção (para o consumidor) seria a difusão dos cinco canais em resolução standard no Mux A e a difusão do quinto canal em simultâneo, em alta definição, e em modo aberto (porventura temporariamente) num dos outros Mux nacionais. Desta forma só quem estivesse interessado na alta definição teria de adquirir o equipamento adequado e suportaria o respectivo preço. É perfeitamente possível transmitir com muito boa qualidade de imagem em definição standard (720x576) os 5 canais em MPEG-2 num único Mux. Isto pode ser facilmente comprovado através do visionamento de variados canais emitidos por satélite e da análise do respectivo bitrate. A definição standard resulta numa muito boa qualidade de imagem em ecrãs até 32 polegadas (a diagonal de LCD e plasmas mais vendida) desde que a fonte de sinal seja boa. Se a fonte (origem do material) não é de boa qualidade, não há bitrate nem MPEG-4 que salve a situação.
(*) Actualização: É agora sabido que o 5ºCanal será emitido em SD (definição standard) e o canal HD irá emitir programação da RTP1, RTP2, SIC, TVI e 5ºCanal em HD (alta definição) e em simultâneo.

Vantagens do MPEG-4 para o consumidor:
+ Torna possível uma maior oferta de canais.
+ Os programas gravados ocupam menos espaço.

Desvantagens do MPEG-4 para o consumidor:
- Preço elevado do equipamento (principalmente os receptores).
- É incompatível com praticamente todo o equipamento em uso (TDT MPEG-2).
- A oferta de equipamento compatível ainda é muito reduzida (televisores e receptores).
- Ainda não há equipamentos TDT portáteis compatíveis com MPEG-4.

Links:

sábado, 29 de novembro de 2008

Esclarecimento da Anacom sobre a TDT

Finalmente a Anacom divulga publicamente no seu site a informação técnica essencial sobre a TDT portuguesa, nomeadamente os requisitos minimos para os televisores e "set-top box's" (receptores), informação adiantada algum tempo atrás neste Blog. É motivo para dizer que mais vale tarde que nunca.

Extracto do esclarecimento da Anacom datado de 27-11-2008:

«As futuras emissões de Televisão Digital Terrestre (TDT) em Portugal terão por base, nomeadamente, a tecnologia DVB-T e a compressão de vídeo MPEG-4/H.264.

Neste contexto, para recepção das emissões de TDT deverá confirmar se as especificações técnicas do(s) equipamento(s) de que dispõe respeitam, no mínimo, duas condições:

1. Compatibilidade com a norma DVB-T;
2. Descodificação de vídeo em MPEG-4/H.264.

Não se verificando as referidas condições, poderá proceder das seguintes formas:

Caso pretenda manter o seu actual televisor, deverá adquirir um dispositivo externo, habitualmente uma set-top-box a instalar entre a tomada de antena e o televisor, que em conjunto com o mesmo permita satisfazer as duas condições acima referidas;

Caso pretenda comprar um novo televisor e não ter que instalar o referido dispositivo externo, deverá adquirir um televisor digital integrado já com capacidade de recepção de DVB-T e descodificação de vídeo em MPEG-4/H.264. Deve assim certificar-se, designadamente junto do vendedor, de que os dispositivos que pretende adquirir tendo em vista a recepção de TDT em Portugal (set-top-box, televisor digital integrado, ou outro, como, por exemplo adaptador para PC) permitem satisfazer, no mínimo, as duas condições acima referidas.

Chama-se ainda a atenção para o facto de muitos dos equipamentos presentemente disponíveis em Portugal, com indicação de compatibilidade com DVB-T, designadamente televisores digitais integrados, disporem apenas de descodificação de vídeo em MPEG-2, o que não possibilita, por si só, a recepção de TDT em Portugal, carecendo assim de um dispositivo externo para o efeito, que poderá ser uma set-top-box com as características anteriormente referidas ou outro tipo de solução que satisfaça as mesmas condições. »

O texto completo está disponivel aqui.

Nota:
Até ao final do ano a PTelecom deverá também prestar esclarecimentos sobre a TDT. Nessa altura espera-se que informem qual o equipamento que estará disponível e os preços.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

TDT: Silêncio das autoridades prejudica consumidores

Os concursos já terminaram, as licenças estão atribuídas e o sinal até já está no ar na zona de Lisboa e Setúbal. No entanto, a um mês para o Natal, a época do ano em que mais televisores se vendem, continuam por divulgar oficialmente as características do equipamento necessário para receber o sinal da TDT.

Quando finalmente o inicio das emissões for divulgado nos principais meios de comunicação social, a esmagadora maioria do público vai constatar que não recebe a TDT. Porque o seu televisor não é compatível com a TDT portuguesa! E isto mesmo com aparelhos acabados de comprar!

A manter-se a falta de informação, é mais que previsível que as linhas de assistência das lojas e das marcas de televisores sejam inundadas de chamadas de consumidores julgando que o seu televisor está avariado, porque a TDT tem som, mas não tem imagem!

Quando finalmente forem informados, muitos irão sentir-se enganados, e com toda a razão! Os principais visados serão os comerciantes, embora os verdadeiros responsáveis sejam as autoridades que nada fizeram para informar e alertar o público!

As possiveis razões deste estranho silêncio ficarão para mais tarde…

Eu ficarei satisfeito se este Blog contribuir para alertar nem que seja uma única pessoa!

Aconselho todos os interessados no tema a lerem as mensagens anteriores neste Blog onde esta questão é abordada em pormenor e em caso de dúvida a contactarem as entidades envolvidas.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

TDT: adaptadores não vão ser subsidiados

A proposta do Orçamento de Estado para 2009 não contempla verbas para o apoio à implantação da TDT. A ser aprovada tal como está, tudo indica que o preço das set-top box (receptores ou adaptadores) não será subsidiado pelo Estado.

Recorde-se que uma set-top box apta a receber a TDT portuguesa custa actualmente cerca de 190€, livre de operador.

Subsidios para a aquisição de receptores, se chegarem a ser concedidos, provavelmente só para 2010/2011, próximo da data do switchover. O arranque da TDT está previsto para Abril do próximo ano.

Actualização 10/12/2008
Segundo notícia publicada hoje no portal Sapo a PT irá gastar 15 milhões de euros na subsidiação dos equipamentos.

Links:
Proposta O.E. 2009
TDT portuguesa em MPEG4
RTP alerta para o preço elevado das «set top box»

Trabalho arriscado!

Instalar antenas é por vezes um trabalho arriscado, mas a 375 metros de altura decididamente não é para qualquer um! Vejam os dois impressionantes videos filmados em Lopik, na Holanda. O primeiro é sobre a remoção de uma antena analógica que pesa 8000Kg e o segundo é sobre a instalação de uma nova antena digital no mesmo mastro. O trabalho foi realizado com a preciosa (e indispensável) ajuda de um helicóptero Super Puma.

Se por acaso algum dia vir um helicóptero a pairar sobre um emissor de Tv, é bem provável que estejam a trabalhar na instalação das antenas para a TDT.

Video1
Video2

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Novo Hispasat em 2010

O próximo satélite Hispasat (Hispasat 1E), já está em fase de construção, tem lançamento previsto para 2010 e irá juntar-se à frota Hispasat nos 30º Oeste. Recorde-se que é a partir desta posição orbital que são transmitidos os pacotes da ZON e MEO satélite. O sistema Hispasat é também utilizado para ligações profissionais, alimentando entre outros, os emissores da TDT espanhola e é um fortíssimo candidato à emissão via satélite (DTH) da TDT espanhola e portuguesa.

Fonte: TS.net

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

TDT: A conspiração do silêncio?

Não posso deixar de estranhar a falta de interesse da comunicação social relativamente à TDT portuguesa. À uma semana que os quatro canais nacionais estão disponíveis na TDT, em emissão experimental, para a região de Lisboa. Marco importante na história da televisão em portugal, mas estranhamente ignorado pelos media portugueses. É sabido que os canais privados não estão muito entusiasmados com a TDT, afinal é devido à TDT que vão ter a concorrência de mais um canal. Mas, e a televisão pública? Será que necessita da autorização de alguém para noticiar o evento?

A quem beneficia a ignorância do público? Estarão os media a alimentar conscientemente a ignorância dos portugueses relativamente à TDT na expectativa de facturar mais com as campanhas publicitárias que se adivinham?

E a Anacom? Porque razão não divulga publicamente os requisitos técnicos da TDT portuguesa, para que consumidores e comerciantes tomem decisões conscientes?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

TDT: solução MPEG4 HD para televisores MPEG2

Com a adopção pela PTelecom do sistema de compressão mpeg4 para a TDT Portuguesa, o sintonizador tdt de quase todos os aparelhos (mesmo recentes), já vendidos tornou-se obsoleto, pois apenas permite a recepção do mpeg2 (vêr noticias anteriores neste blog).

Para quem não pretende adquirir mais uma caixa para ligar ao televisor, com todos os inconvenientes que isso acarreta (ocupa espaço, é necessário utilizar 2 telecomandos, consumo de energia em standby), há a esperança de uma solução na forma de um pequeno acessório.

Trata-se de uma placa pcmcia a inserir na respectiva ranhura do televisor e que permite a recepção dos canais em MPEG4 SD (definição standard) e HD (alta definição). Os circuitos dentro da placa processam o sinal que é depois encaminhado através de cabo para uma entrada hdmi no televisor. Não confundir com outra placa do mesmo fabricante, já á venda, mas que não permite a recepção do MPEG4 HD!


Mas, atenção, este dispositivo ainda não está à venda e se chegar a ser comercializado, só em 2009. Seria interessante a PTelecom testar este produto e eventualmente acordar com o fabricante a comercialização do mesmo em portugal, pois certamente para muitos esta solução seria a ideal.

Quem pretender mais informações deverá contactar o fabricante. É possível inscrever-se numa lista de e-mail e quando houver novidades a respeito deste produto, o fabricante compromete-se a informar.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Ainda o MPEG-4

Apesar de nem Anacom nem PTelecom terem ainda divulgado publicamente as opções tecnológicas adoptadas, alguns insistem em afirmar que o MPEG-4 sempre esteve definido como o único sistema de compressão a utilizar pela TDT portuguesa.

O único documento conhecido e possível de interpretar relativamente a esta matéria é o caderno de encargos relativo ao Mux A:

Extractos do caderno de encargos do Mux A (o destaque a negrito é meu):

«…
3.2.1. Capacidade de base
A capacidade de base a reservar para os serviços de programas televisivos em definição standard referidos em 3.1 deve ser, tendo como referência a utilização de compressão MPEG-4 Parte 10 - AVC/H.264, a cada momento, e no mínimo, a seguinte:
• Território do Continente 11,0 Mbit/s;
• Regiões Autónomas 13,2 Mbit/s.
No território do Continente, deverá ainda ser reservada no mínimo uma capacidade adicional de 3,8 Mbit/s para a difusão dos elementos de programas em alta definição, tal como referido em 3.1..

Neste capítulo serão particularmente valorizadas propostas assentes na utilização de sistemas de compressão mais eficientes, como a referida anteriormente, devendo, no caso de propostas com base noutros sistemas, ser especificada a capacidade a reservar, para a obtenção de níveis de desempenho similares aos referidos, para o caso de utilização de MPEG-4 Parte 10 - AVC/H.264.

4.1. Sistema tecnológico
Os concorrentes devem especificar a solução tecnológica que se propõem utilizar com base no sistema Europeu DVB-T e de acordo com a respectiva normalização (normas, recomendações e especificações técnicas), nomeadamente a referida no Anexo 4.

Para além do disposto, os concorrentes devem ainda especificar as suas opções, quanto à eventual utilização de sistemas de compressão mais eficientes, tal como o MPEG-4, Parte 10 – AVC/H.264.
…»

Analisando objectivamente o que está escrito, julgo que podem ser tiradas as seguintes conclusões:
  • O estado valoriza particularmente propostas que adoptem o MPEG-4.
  • O MPEG4 é mencionado como sistema de compressão referência.
  • O Estado não exclui a adopção de outros sistemas de compressão (leia-se MPEG-2).
Portanto, (no papel) o MPEG4 nunca esteve definido como o único sistema de compressão, apenas a opção favorecida pelo Estado. Os concorrentes, poderiam ter proposto a utilização do MPEG2 para o Mux A. Dada a realidade existente (sistema já adoptado em Espanha, disponibilidade e preço dos equipamentos mpeg4, base já instalada de televisores com tdt mpeg2), era razoável acreditar que o Mux A utilizaria o MPEG-2. Hoje é sabido que não será assim.

Links:

sábado, 1 de novembro de 2008

Quinto canal: Concurso já abriu

O concurso público para o licenciamento do quinto canal de televisão abriu ontém, 31 de Outubro com a publicação em D.R. da portaria 1239/2008. Entre os interessados deverão estar a Zon Multimédia, Cofina e Controlinveste. O vencedor deverá ser conhecido em meados de Abril.

O quinto canal, recorde-se, será um canal generalista de acesso gratuito e de âmbito nacional, a emitir na plataforma TDT e em alta definição (segundo o Governo).

Fonte: Diário Digital

Link: Portaria 1239/2008 de 31 de Outubro

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

TDT Portuguesa em MPEG4 ! (act)

É oficial. Todos os canais da TDT portuguesa serão transmitidos em MPEG-4. Confirmam-se assim os rumores que circulavam. Resta saber quantos portugueses estarão em condições de assistir ao arranque da TDT em portugal, pois quase todos os equipamentos já vendidos e à venda em Portugal são apenas MPEG-2 e portanto incapazes de receber a TDT portuguesa.

De momento os equipamentos (televisores e receptores) aptos a receber as emissões são ainda em número reduzido e de preço relativamente elevado, devendo demorar algum tempo até os preços baixarem o suficiente de modo a permitir a massificação da TDT. Enquanto um receptor TDT MPEG-2 pode custar apenas 30 Euros, um adaptador MPEG-4 HD básico, adequado para receber a nossa TDT custa cerca de 190 Euros. Como muitos lares têm mais que um televisor, é necessário multiplicar este valor pelo número de aparelhos a adaptar. Parece ser um preço demasiado alto a pagar para receber 5 canais de televisão (os gratuitos).

Enquanto a PTelecom não divulga qual o equipamento que vai disponibilizar e em que modalidades (compra/aluguer) e a que preço, penso que a opção mais sensata, será mesmo esperar para vêr. Para ajudar à confusão, não esquecer que mais cedo ou mais tarde o sinal da TDT irá também ser distribuido por satélite. O satélite será a única opção para alguns, pois o sinal da TDT não vai chegar a todo o lado (vêr noticia de 28/05/2008), mas para quem pode instalar uma antena parabólica, poderá ser mesmo a opção mais interessante.

Uma alternativa económica para vêr a TDT é o uso de uma placa sintonizadora de TDT para computador. Existem vários modelos: internas (instaladas dentro do computador) e externas (ligadas por USB ou PCMCIA). Os preços variam entre os 20 - 100 euros.

Actualização 5/11/2008:

Uma nova alternativa poderá surgir brevemente no mercado. Trata-se de uma placa pcmcia MPEG-4 HD. Vêr a notícia de 5/11/2008.

Links:
A TDT irá cobrir inicialmente apenas o litoral do país
RTP Alerta para o preço elevado das «set top box»
Apresentação da proposta da PT para a TDT
Caderno de encargos do concurso do MUX A (canais em aberto)
Caderno de encargos do concurso dos MUXs B a F (canais a pagar)

sábado, 18 de outubro de 2008

TDT - Primeiras Emissões Já Estão No Ar!

(última actualização: 15/04/2009)

Segundo alguns relatos, começaram já as emissões teste da TDT portuguesa. Estas emissões são dirigidas à região de Lisboa e têm origem no emissor de Palmela, emitindo nos canais 67 e 69 em DVB-T MPEG4.

De acordo com a PTelecom, numa primeira fase, as emissões teste deverão extender-se a outros emissores que servem a região da Capital, como Monsanto, Estoril e Sintra. Mais tarde, em Janeiro/Fevereiro, deverão alargar-se ao resto do país.

Para receber estas emissões é necessário um televisor com receptor de TDT integrado e compatível com MPEG4, ou um receptor externo TDT compatível com MPEG4.

Quem tiver mais informações ou imagens sobre estas emissões, agradeço que as envie para o e-mail tdtportugal@gmail.com ou coloque nos comentários desta notícia.

Actualização 23/10/2008:
A emissão piloto tem transmitido um documentário sobre vida marinha em MPEG4 definição normal e em MPEG4 HD.

O leitor Edgar Silva enviou as seguintes fotos:



Actualização 27/10/2008:

O documentário foi substituido pela emissão dos 4 canais nacionais RTP1, RTP2, SIC e TVI. A potência de emissão parece ser razoável, pois é possível receber a emissão a +70Km.

Actualização 18/12/2008:

Novas imagens captadas em Lisboa por um leitor. Os bitrates utilizados actualmente para o video (2.9-3.1Mb/s) e o audio (192Kb/s) deverão baixar para cerca de 1.8Mb/s e 128Kb/s respectivamente, quando se iniciar a difusão do 5º Canal e do canal HD.


Actualização 12/01/2009:
Segundo informação não confirmada o sinal da TDT também já é recebido na zona de Torres Novas e Tomar. Aos residentes da zona que possam comprovar a recepção da (ou não) da TDT agradeço que entrem em contacto para o e-mail tdtportugal@gmail.com ou coloquem os resultados da sua experiência nos comentários desta notícia. *** NÃO CONFIRMADO ***

Actualização 5/03/2009:
A PTelecom instalou há algumas semanas, um pequeno emissor de TDT na cidade da Guarda,(na zona mais alta) que emite em regime experimental (como todos os outros). O alcance, segundo alguns relatos, é de 30-40Km.

Actualização 15/04/2009:
Trabalhos de substituição de antena uhf em Monsanto em preparação para a TDT. Clique aqui.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

TDT à portuguesa!

A pouco mais de seis meses para a data do arranque oficial da TDT em Portugal, instalou-se o silêncio! Silêncio das autoridades (governo e Anacom) e silêncio do concorrente vencedor dos concursos da TDT (PTelecom).

Repito, a seis meses da data anunciada para o arranque oficial das emissões (Abril de 2009) não foram ainda tornadas públicas as opções tecnológicas adoptadas. E como também nunca foi divulgado o conteúdo da oferta vencedora (nem da perdedora), no referente às opções tecnológicas a adoptar, também não é possível ao comércio, indústria e público em geral, o acesso a essa informação essencial.

Na ausência de informação oficial, cresce a especulação, instala-se a dúvida e a descrença. Ou seja, começámos mal e continuamos mal!

Se não são conhecidos os requisitos técnicos dos aparelhos (Tv’s e STB), como é que os fabricantes e comerciantes sabem que modelos devem produzir e comercializar em Portugal?

Mais uma vez, não sabemos adoptar as boas práticas de outros países, que têm gerido muito melhor o processo de transição da televisão analógica à digital. Veja-se o exemplo da Irlanda. O inicio oficial da TDT na Irlanda è Outubro de 2009. Pois bem, as autoridades Irlandesas já têm publicado desde Fevereiro de 2008 os requisitos técnicos dos aparelhos necessários para receber a TDT. Em absoluto contraste, a TDT portuguesa, que é suposto arrancar em Abril de 2009, e essa mesma informação contínua sem sair a público.

É fundamental saber qual a norma utilizada na compressão do sinal. O caderno de encargos favorecia o MPEG4, mas qual será adoptado? O MPEG4, o MPEG2 ou ambos? No inicio de Abril deste ano, e mesmo antes de ser conhecido o resultado dos concursos, um porta voz da RTP dizia que os canais pagos iriam utilizar o MPEG4. Ou seja, por omissão, poderia deduzir-se que a norma de compressão a utilizar nos canais gratuitos (MUX A) seria o MPEG2.

Agora, há quem afirme que os canais gratuitos também irão utilizar compressão MPEG4. E também se especula que a TDT portuguesa irá adoptar o novíssimo DVB-T2 em vez do DVB-T. O DVB-T2 é ainda, e apenas, utilizado em emissões experimentais e ainda não existem sequer receptores DVB-T2 à venda.

Se o MPEG4 for adoptado para todos os MUX’s qual a consequência? Apenas e só que em 99,99% dos televisores com TDT integrada ela simplesmente não funcionará! Ou seja, se se confirmar que todos os MUX’s irão utilizar o MPEG4 será necessário comprar um receptor externo ou um transcodificador MPEG4/MPEG2 porque quase todos os televisores já vendidos e à venda em Portugal são apenas MPEG2!

Mais, os receptores compatíveis com MPEG4 são ainda muito recentes e significativamente mais caros que os comuns receptores MPEG2. Ora, não estou a ver a PT a subsidiar receptores MPEG4 só para receber canais livres. Economicamente, apenas fará sentido, oferecer o receptor a um preço reduzido a quem subscrever os canais a pagar, como aliás já acontece com o serviço MEO satélite cujo receptor custa 79€.

Ou seja, quem quiser a TDT apenas para ver os canais gratuitos, arrisca-se a ter que gastar uma importância elevada no receptor. Neste caso o custo da TDT acabará por ser idêntico ao do satélite ficando a perder na oferta de canais.

Mas como está previsto que os canais a pagar arranquem só em Outubro de 2009, é razoável deduzir que não haverá receptor oficial antes dessa data. E também não é de excluir a possibilidade do arranque oficial ser adiado para a mesma data.

É minha convicção que caso o MPEG4 seja adoptado para todos os MUX’s, o objectivo da massificação da TDT estará comprometido, pelo menos a médio prazo.

Utilizando a solução DVB-T MPEG2 é perfeitamente possível transmitir no MUX A, 5 canais em definição SD (720x576), inclusivamente em 16:9, com muito boa qualidade de imagem e som. A alta definição em TDT por questões de economia de espectro poderá aguardar pelo MPEG4 em DVB-T ou DVB-T2.
Actualização:
Segundo informação recebida todos os MUX's da TDT vão utilizar o MPEG4 (vêr noticia de 29/10).

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

TDT DX: A Galiza aqui tão perto...

Enquanto a TDT portuguesa não dá sinais de vida, tem sido interessante acompanhar a TDT espanhola durante os períodos de propagação troposférica favorável a partir da Galiza.

Estas propagações anormalmente favoráveis também conhecidas por tropos, permitem a recepção de emissões muito para além da zona de cobertura dos emissores e normalmente ocorrem com maior frequência e intensidade durante os meses de verão. Em 30 de Junho, noticiei aqui uma dessas propagações com algumas fotos e um vídeo.

Agora que o verão acabou e a actividade tropo acalmou, aqui ficam mais algumas fotos da TDT oriunda da Galicia (Pontevedra) feitas em Julho e Agosto. A grande novidade (em digital) foi a recepção do Mux 66 (SET, TeleDeporte, etc). Em analógico foi possivel receber emissões desde Coruña - Ares, a mais de 330 Km.

Do visionamento de algumas destas emissões não posso deixar de especular sobre a qualidade técnica da futura TDT portuguesa. É que o digital não faz milagres. A TDT permite difundir imagem e som de grande qualidade mas há que salvaguardar duas condições fundamentais:
  1. Disponibilidade de débito (bitrate) suficiente para o tipo de emissão em questão. Infelizmente a tendência parece ser a de tentar “meter” o maior número de canais possível dentro dos mux’s à custa da qualidade de imagem.
  2. Qualidade vídeo do material a emitir. A compressão digital origina perda de qualidade. Esta perda de qualidade torna-se inaceitável quando o material original a emitir já foi sujeito a um nível de compressão elevado.

Em Portugal, um mau exemplo de utilização de compressão digital pode ser visto durante o programa Portugal em Directo da RTP1. A falta de resolução é evidente e olhando com atenção podem ser detectados artefactos de compressão. Se esta emissão for introduzida, tal como está, num mux digital, sujeita a mais uma etapa de compressão, a qualidade final será ainda pior!

Vamos pois esperar que todos os canais disponibilizem à PTelecom um sinal de alta qualidade, pois só assim será possível desfrutar devidamente a TDT.

Algumas fotos da TDT tiradas durante as tropos:


Notícias relacionadas:
TDT Espanhola recebida a +270Km
TDT Espanhola recebida a +200Km

terça-feira, 16 de setembro de 2008

A Má Imagem da TVI

Apesar de ser líder de audiências a TVI parece estar-se nas tintas para grande parte dos seus telespectadores. Que outra explicação pode haver para a continuada deficiente qualidade de imagem do emissor da Lousã? Onde estão os serviços técnicos da RETI? Onde está a fiscalização da Anacom?

Mas esta situação não é de agora. De facto remonta ao inicio das emissões da TVI! A TVI aproveitou a infra-estrutura existente da rede de emissores FM e criou a sua própria rede de emissores de TV (a RETI). A RTP e a SIC são distribuídas pela PTelecom que anteriormente tinha adquirido a rede de emissores da RTP. Resultado: em muitos locais o sinal da RTP1, RTP2 e SIC é bom, mas o sinal da TVI é deficiente (fraco e/ou com interferências).

Teoricamente o emissor da Lousã da TVI, canal 32 deveria ter 540Kw P.A.R. (o mesmo que RTP2 e SIC), mas o seu sinal sempre foi significativamente mais fraco que os restantes canais em UHF (RTP2 C26 e SIC C29). Mas a Lousã não é caso isolado, algo de semelhante acontece, pelo menos, com o emissor do Monte da Virgem (C44) e do Muro (C30). Em todos estes locais o nível de sinal do emissor da TVI é significativamente mais baixo.

Talvez o melhor exemplo da disparidade de nível de sinal entre os canais UHF seja o caso do Monte da Virgem (Porto). Enquanto a 70Km de distância, é possível receber um sinal razoável da RTP2 (C41) e SIC (C52), o sinal da TVI (C44) é notoriamente fraco. Para esta situação não será alheio o facto de RTP e SIC serem emitidas a partir da torre de emissão da PTelecom com 177 metros de altura! O sinal da TVI é tão mais fraco que, nalguns dias de verão chega a ser “abafado” pelo emissor da TV Galicia de Tui, mesmo a poucos Km do Monte da Virgem!

Talvez consciente de todas estas situações (e outras) a TVI desistiu de ter uma rede própria de distribuição e emissão de sinal, tendo-a recentemente vendido à PTelecom. É que criar e manter uma rede de distribuição e emissão de Televisão (analógica ou digital) custa muito dinheiro!

Agora que a PTelecom é responsável pela rede de emissores da TVI, serão estes problemas finalmente solucionados? Vou aguardar sentado…


Aqui fica um pequeno video feito durante uma das frequentes interferências ao sinal da TVI C44, Monte da Virgem.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

TDT é interesse público!

Depois da contestação do resultado do concurso para os canais pagos da TDT (ganho pela PT)pela AirPlus (vêr notícia de 15/07), a Anacom vai invocar o interesse público para anular os efeitos da providência cautelar interposta pela AirPlus. Segundo a Anacom, caso o processo ficá-se a aguardar decisão do tribunal (que poderia demorar 2 ou 3 anos), poderia não ser possível cumprir a data limite para o apagão analógico (2012).

Com esta novela toda, já parece pouco provável que a TDT arranque de facto em Abril de 2009...

Fonte: Diário Económico

terça-feira, 15 de julho de 2008

Televisores sem TDT: atenção às pechinchas!

A poucos meses da tão aguardada chegada da TDT a portugal continuam a vender-se aparelhos de Tv sem sintonizador digital, ou seja, não aptos para a recepção da TDT.

Muitos consumidores, por desconhecimento ou lapso estarão a comprar aparelhos que se irão tornar obsoletos muito em breve. O fim da emissões analógicas, recorde-se, está previsto para 2012 e o anunciado quinto canal só estará disponível na TDT. Com o fim das emissões analógicas, os aparelhos não aptos necessitarão de um adaptador TDT externo.

Em Espanha as autoridades obrigam os comerciantes de aparelhos de Tv, a informar quando um aparelho não dispõe de sintonizador de TDT. Enquanto isso, portugal deve ser o maior outlet da europa para televisores sem tdt. É só ir às grandes cadeias do ramo e encontramos inúmeros modelos à venda por preços que aparentam ser verdadeiras pechinchas.

Se há vendedores honestos, também é verdade que muitos não o são. As autoridades de defesa do consumidor deveriam estar atentas a esta situação, porque é lesiva dos interesses do consumidor e não ajudará em nada a adopção da TDT por parte dos portugueses.

As nossas autoridades deveriam aprender e copiar o que se faz em países como a Espanha e a França, que estão bem mais avançados no que à TDT diz respeito.
Actualização:
Segundo informação recebida todos os MUX's da TDT vão utilizar o MPEG4. Os sintonizadores TDT devem portanto suportar o MPEG4 (vêr noticia de 29/10).

AirPlus contesta avaliação do juri

A AIRPLUS TV pediu à Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) a nomeação de um novo júri para o concurso dos canais pagos da Televisão Digital Terrestre, por considerar que a avaliação feita pelo actual júri foi “arbitrária, parcial e com erros técnicos grosseiros”, disse ontem Luís Nazaré.

As conclusões preliminares do júri liderado por Carlos Salema atribuiu à Portugal Telecom a vitória para os canais pagos da TDT, quando já tinha ganho a licença para os canais abertos, onde concorria sozinha. A Anacom irá decidir o vencedor final para os canais pagos ainda este mês, embora não seja comum que a decisão do regulador vá em sentido contrário ao do júri.

Em conferência de imprensa, o chairman da Airplus TV Portugal, subsidiária da sueca Airplus, afirmou que, se a Anacom recusar a nomeação do novo júri, irá avançar com “todas as medidas legais possíveis”, não especificando quais.

O ex-presidente dos CTT salientou que a Airplus TV foi o vencedor do concurso para os canais pagos da TDT tendo sido superior em quatro dos sete critérios face à proposta da PT, nomeadamente na solução tecnológica mais inovadora, qualidade do plano técnico superior, melhor qualidade na oferta televisiva e quantidade de programas e obras em língua portuguesa. “Ganhámos o concurso, é só uma questão de tempo”, disse Luís Nazaré.

A Airplus acusa o júri do concurso de “ausência de critérios, violação do caderno de encargos, alteração das regras a meio do processo e falta de isenção e competência”. Luis Nazaré diz não compreender como a Airplus ficou pior classificada que a PT em critérios como o investimento (155 milhões da Airplus contra 14 da PT) e conteúdos nacionais (a Airplus pretende criar 16 novos canais portugueses e a PT só três), afirmou o chairman.

Fonte: Hoje

Comentário:

São acusações graves por parte da AirPlus. Para bem da transparência dos concursos a Anacom deveria divulgar as propostas das empresas concorrentes. Esperemos que esta situação não atraze o arranque da TDT.

terça-feira, 8 de julho de 2008

PT à frente na TDT

Depois da comissão de avaliação da Anacom lhe ter atribuído o primeiro lugar no concurso para os MUX B a F (canais a pagar), ao qual concorreu com a AirPlus, a Portugal Telecom recebeu novamente uma avaliação positiva do júri relativamente ao MUX A (canais gratuitos), concurso para o qual é a única candidata.

Como previsto, e a confirmar-se esta decisão, a Portugal Telecom será a única responsável pela futura TDT portuguesa, que deverá assim arrancar em Abril de 2009.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

TDT Espanhola recebida a +270 Km

Com a continuação das condições favoráveis de propagação, tem sido possível receber a TDT espanhola proveniente da Galiza (Pontevedra e Santiago de Compostela) com alguma regularidade e a distâncias muito para além da zona normal de cobertura dos emissores. Ontem foi possível captar o Mux 40 (Santiago de Compostela) a mais de 270 Km de distânica, e o Mux 45 (Pontevedra) a mais de 200 Km. Para documentar o acontecimento aqui ficam algumas fotos e um video.

Em digital, (La Sexta, CNN+ e TVG):






Em analógico, (TVE1, TVE2, La Cinco e Cubo Tv):






Video da recepção da TDT:

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TDT Espanhola recebida a +200Km

sexta-feira, 27 de junho de 2008

TDT Espanhola recebida a +200Km!

Ontem, em virtude de condições metereológicas favoráveis, foi possível a recepção da TDT Espanhola proveniente da Galiza (Domayo), a sul do distrito de Aveiro, a mais de 200 Km do emissor!

Foram captados os canais Cuatro, La Sexta, CNN+, 40 Latino e Promo que fazem parte do MUX 45.

Em analógico foram recebidos (com qualidade de imagem variável) os canais TVE2, La Cinco, Cuatro, Antena 3, La Sexta, TV Galicia e Cubo TV. O sinal da TV Galicia no canal 44 ocasionalmente "abafou" o sinal da TVI emitido do Monte da Virgem. Já no dia 18 de Junho, foi possível receber canais emitidos a partir de Santiago de Compostela, a mais de 270 Km de distancia!

Esta experiência parece demonstrar que a chegada da TDT a Portugal poderá será a solução para muitas situações de má recepção, pois foi possível receber a TDT mesmo quando em analógico o sinal era relativamente fraco.





Notícias relacionadas:

terça-feira, 24 de junho de 2008

Paes do Amaral com a AirPlus

Depois do acordo com a PT para o concurso à TDT (que tornou a PT no único concorrente ao concurso dos canais em aberto), Miguel Pais do Amaral anunciou ontem a aquisição de 20% do capital da AirPlus TV Portugal, empresa sueca que concorre contra a Portugal Telecom (PT) no concurso para os canais pagos da Televisão Digital Terrestre (TDT).

Em comunicado, Pais do Amaral refere que “acredita no projecto da Airplus TV para desenvolver a TDT em Portugal e, designadamente, na sua aposta em novos canais portugueses com conteúdos nacionais de qualidade e diferenciados da oferta actual".

Fonte: Hoje

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Airplus: acordo com a PT está para breve

Segundo Michael Werner, o acordo com a PT está "na fase de detalhes sobre as torres" de emissão e "estará concluído daqui a duas ou três semanas", ou seja, antes do prazo para a Anacom tomar uma decisão sobre o vencedor.

A proposta da Airplus TV só poderá ser avaliada pela ANACOM quando estiver completa, faltando apresentar o preço e condições de distribuição do sinal, processo que está em discussão entre a empresa sueca e a PT, dona da rede em Portugal.

"Se não chegarmos a acordo com a PT, o processo será todo adiado porque a Anacom não poderá tomar uma decisão", avisou Michael Werner.

Fonte: Diário Digital

TDT: Airplus Tv revela a sua oferta


A Airplus Tv, um dos dois únicos concorrentes à TDT portuguesa, revelou ontem ao público a sua oferta de canais. Esta oferta consiste em dois pacotes: um básico de alcance nacional, composto por 10 a 12 canais, cujo preço se situa nos 11,50 euros; e outro de alcance litoral (pacote básico Plus), composto por 14 canais, também comercializado por 11,50 euros. A proposta integra ainda 4 canais “premium” (de alcance litoral), reservados a conteúdos em Alta Definição (2), de desporto (1) e eróticos (1). A Airplus revelou ainda que o Conax será o sistema de codificação a utilizar.


quinta-feira, 29 de maio de 2008

E as rádios?


Ao que tudo indica não haverá rádio na TDT portuguesa. De facto, no caderno de encargos dos concursos aos vários MUXs não há qualquer referência à emissão de sinais de radio, nem mesmo as rádios públicas! Terá sido lapso do governo?

O que é certo é que transmitir as pricipais rádios em formato digital através da TDT (à semelhança do que acontece em Espanha e noutros países) seria uma mais valia para a TDT portuguesa. Não esqueçamos que o DAB foi um falhanço em portugal e em praticamente todos os países. Agora, com um terminal TDT (já custam 30€) é possivel receber dezenas de rádios com qualidade digital.

Aguardemos...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

TDT Espanhola no Hispasat



A descoberta da forma como os sinais da TDT espanhola são transmitidos através do satélite hispasat originou nos últimos meses uma corrida a receptores especialmente adaptados para o efeito, permitindo aos habitantes de muitas localidades espanholas (e não só) ainda sem cobertura de TDT o acesso a todos os canais nacionais da TDT. Estes sinais, recorde-se, são ligações profissionais que alimentam os emissores de TDT espanhóis e não estão codificados.

Mas parece que esta situação não irá durar muito mais tempo, porque já há algum tempo a Abertis (empresa que faz a distribuição do sinal) iniciou emissões teste dos sinais TDT em DVB-S2 e codificadas. A confirmar-se esta mudança, prevê-se que em breve deixe de ser possível receber a TDT espanhola através do hispasat.

Actualização 29/05/2008:
A transferência dos canais da TDT que transmitem em DVB-S para DVB-S2 já foi iniciada. Deixou ser possivel receber canais como Antena 3, Telecinco, Antena.Nova e Antena.Neox.

A TDT irá cobrir inicialmente apenas o litoral do país.

A PT compromete-se a iniciar as emissões de TDT já em Abril de 2009, o que parece ser realizável, uma vez que inicialmente apenas a região litoral será coberta. Não será no entanto uma cobertura idêntica à da Tv analógica, porque isso obriga à colocação de muitos retransmissores devido à orografia difícil de muitos locais. Para cobrir razoavelmente bem o litoral (zona indicada nos cadernos de encargos) deverá bastar disponibilizar a TDT a partir dos emissores de Monte da Virgem, Lousã, Montejunto, Monsanto, Palmela e Foia.


E porque será que só a região litoral do país está inicialmente contemplada com a TDT?


Bem, o facto de nuestros hermanos já terem lançado a sua TDT e ocuparem vários canais para a difusão da TDT e dos canais analógicos nacionais e locais, implica que Portugal não possa utilizar esses mesmos canais perto de Espanha afim de não provocar interferências. Assim parece que teremos que esperar pelo fim das emissões analógicas (apagão em 2010) em Espanha para progressivamente se estender a cobertura da TDT a todo o país. Quem chega por último sujeita-se…

Links:
Apresentação da proposta da PT para a TDT
Caderno de encargos do concurso do MUX A (canais em aberto)
Caderno de encargos do concurso dos MUXs B a F (canais a pagar)

TDT - Ponto da situação

Em 24 de Abril foram apresentadas as propostas para os concursos para a difusão dos sinais de TDT. Apenas duas propostas foram apresentadas, a da Portugal Telecom e a da Airplus. A PT concorre a todos os MUXs (canais livres e a pagar), a Airplus concorre apenas aos MUXs dos canais a pagar. Falta aguardar pelo resultado, mas o vencedor deverá ser à partida a PT.



Links:
Anacom – Concursos TDT

terça-feira, 27 de maio de 2008

Um blog nasceu...

Bem-vindos ao blog TDT - Portugal!

Com o aproximar da data da introdução da televisão digital terrestre (TDT) em portugal, achei que seria altura de criar um espaço aberto à partilha de experiências pessoais, mas também aberto às contribuições de todos que queiram partilhar as suas experiências relacionadas com a transição da televisão analógica para a televisão digital terrestre. O assunto principal deste blog será portanto a TDT, mas aberto também a televisão analógica que ainda irá ficar conosco por mais alguns anos.

Se tem alguma experiência ou informação relacionada com a TDT portuguesa (ou outra) que deseja partilhar, poderá utilizar este espaço deixando o seu comentário.

Obrigado a todos...